terça-feira, 24 de novembro de 2015

Lançamento do anuário Romeu Mag

Cleto Baccic faz ensaio em Nova York para 9 capas de revista de arte


Após protagonizar o premiado musical O Homem de La Mancha, que lhe rendeu o Prêmio APCA de melhor ator de teatro, e foi o grande destaque no Prêmio Bibi Ferreira 2015, conquistando sete estatuetas, o ator e produtor Cleto Baccic desembarcou em Nova York para encarar uma verdadeira maratona de ensaios fotográficos para o anuário de imagens autorais, Romeu Mag, sob direção criativa de Rodolfo Ruben (Ex-Vogue BR). Ele estampará nove capas distintas da publicação, dando vida à diversos personagens, como um artista de rua, um executivo fugindo do caos da cidade e um gangster, resultado de belos trabalhos colaborativos de grandes nomes da fotografia, como Paschoal Rodrigues, Jerônimo de Moraes, Pavarotti, Bruna Castanheiras, Lucas Cristino, Jeff Segenreich e Fernando Freire. 
O lançamento do segundo anuário Romeu Mag acontece nesta quarta-feira, 25, na Livraria da Vila, localizada no Shopping Higienópolis, das 19h às 22h.

Sobre Cleto Baccic
Ator e produtor teatral, foi vencedor do Prêmio APCA 2014 na “categoria melhor ator de teatro” e indicado ao Prêmio Bibi Ferreira, ambos por sua interpretação de Cervantes/Don Quixote em O Homem de La Mancha, adaptação dirigida por Miguel Falabella. Baccic já esteve à frente de importantes produções da Broadway realizadas no Brasil como Cats, MammaMia!, ambas produzidas pela T4F, e A Madrinha Embriagada, produzida pelo Atelier de Cultura com direção de Falabella.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Prêmio Arte Qualidade 2015

Foto: Divulgação
  Os melhores artistas do teatro com temporada em São Paulo em 2015 serão conhecidos nesta segunda-feira, dia 23 de novembro. Espetáculos, atores, atrizes e diretores foram selecionados por uma comissão técnica especializada. A votação se encerrou neste domingo (22), meia noite.

Os espetáculos “E Foram, Quase Felizes Para Sempre”, “A Tempestade”, ”Família Lyons”, “Galileu Galilei”, “Master Class”, ”Morte Acidental de um Anarquista”, ”O Homem Primitivo”, “Vanya e Sonia e Masha e Spike” e “Visitando O Sr. Green” concorrem na categoria melhor espetáculo teatral de comédia. Na categoria drama: “Aqui Estamos com Milhares de Cães Vindos do Mar”, “Pulsões”, “Beije Minha Lápide”, “Consertando Frank”, “Depois do Ensaio”, “Dias de Vinho e Rosa”, “Frida y Diego”, “Krum”, “O Camareiro”, “O Capote” e “Um Bonde Chamado Desejo”.

Para o melhor musical foram selecionados os seguintes espetáculos: “Antes Tarde do que Nunca”, “Bilac Vê Estrelas”, “Chacrinha”,      “Chaplin - O Musical”, “Memórias de um Gigolô”, “Mudança de Hábito”, “Nine - Um Musical Felliniano”, “Raia 30”, “Urinal, o Musical” e “Ópera do Malandro”. Já para o prêmio destaque de teatro infantil, a comissão técnica selecionou os espetáculos “Acampatório”, “A Rainha da Neve”, “Carnaval dos Animais”, “Cinderela Lá Lá Lá”, “O Alvo”, “O Grande Circo Cientifico” e “O Sonho de Jeronimo”.

A partir desta edição, o Prêmio Arte Qualidade Brasil também terá a categoria Melhor Maquiagem e Caracterização. A organização convidou três profissionais de renome no cenário teatral que em conjunto definirão o vencedor. São eles o diretor de criação da B/ferraz Wado Gonçalves, o produtor Fernando Cardoso e o figurinista Olintho Malaquias. Os indicados para o prêmio são Anderson Bueno, por Frida y Diego e Antes Tarde do que Nunca; Beto Carramanhos, por Nine – Um musical Feliniano; Dicko Lorenzo, por Chaplin, O Musical; Henrique Mello, por Raia 30; Martin Macias, por Chacrinha, O Musical; e Rose Verçosa, por O Camareiro.

No total, serão entregues 15 prêmios. Os melhores espetáculos, diretores, atores e atrizes receberão a estatueta, além de maquiadores. “Estamos fazendo uma homenagem à classe teatral de São Paulo, reconhecendo seu incontestável valor na cena cultural brasileira”, afirma Sergio Paixão, diretor executivo do prêmio.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS INDICADOS PELO SITE E APROVEITE PARA VOTAR: www.premioartequalidade.org.br

Acompanhe a publicação dos contemplados a aprtir de hoje a noite!! #fuievou

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

4ª edição do concurso Feminina Dramaturgia – Prêmio Heleny Guariba

NÚCLEO DO 184 REALIZA 4ª EDIÇÃO DO CONCURSO FEMININA DRAMATURGIA – PRÊMIO HELENY GUARIBA

Concurso, idealizado exclusivamente para mulheres que escrevem peças teatrais, premiará três textos. Evento faz parte da programação do Projeto 18 Anos, contemplado pela 27ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro

Já estão abertas as inscrições para a 4ª edição do concurso Feminina Dramaturgia – Prêmio Heleny Guariba. O concurso, idealizado exclusivamente para mulheres que escrevem peças teatrais, premiará três textos. As inscrições vão até o dia 22 de dezembro de 2015. A Comissão Julgadora é formada pelas Atrizes, Diretoras e Professoras Jhaíra Rodrigues, Neusa Steiner e Carlota Novaes.

O concurso é uma pequena tentativa de mostrar, discutir, avaliar a presença e contribuição da mulher na nossa dramaturgia. “Durante estes anos todos, temos observado que apesar das mulheres serem praticamente a maioria na vida teatral, quando se trata de formular, de decidir, poucas conseguem espaço”, afirma Dulce Muniz, diretora do Núcleo 184.

Desde 2006, foram realizadas três edições do concurso, a 1ª em 2006/2007, a 2ª em 2010/2011 e a 3ª em 2013/2014. O sucesso obtido nas edições anteriores, resultou no objetivo de transformá-lo em anual. A peça vencedora receberá o prêmio de R$ 3.000,00, a 2ª colocada R$ 2.500,00 e a 3ª R$ 2.000,00. Também fará parte do prêmio a apresentação pública das 3 peças escolhidas em forma de leitura dramática.

Inscrições concurso Feminina Dramaturgia – Prêmio Heleny Guariba:

Período: De 16 de novembro a 22 de dezembro, de 2015. Envio pelo correio ou entregue pessoalmente, das 11h às 22h. Envelope contendo: 3 cópias do texto inédito (os nomes das personagens devem constar em uma folha separada antes do texto), 1 folha com o pseudônimo, nome, RG, CPF e endereço com telefone. 

TEATRO STUDIO HELENY GUARIBA – Praça Franklin Roosevelt, 184 - Consolação, tel:3259-6940end_of_the_skype_highlighting. Capacidade 48 lugares. Bilheteria abre uma hora antes dos espetáculos. Bar. Acesso para deficientes. Estacionamento ao lado.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Inauguração do Centro Compartilhado De Criação

Programação de abertura inclui festa com show da banda #NãoRecomendados, exposição e apresentações de peças com Georgette Fadel, Caco Ciocler e do Areas Coletivo de Arte
 
 
Localizado na Barra Funda, o CENTRO COMPARTILHADO DE CRIAÇÃO (CCC) abre suas portas oficialmente no dia 25 de novembro, quarta-feira, com uma programação que traz teatro, exposição, show e festa. O espaço, que pertence ao ator Caco Ciocler e ao produtor Ricardo Grasson, tem como proposta ser mais uma opção para as atrações culturais de São Paulo, além de servir como sala de ensaio para grandes produções, estúdio de coworking e oficina de figurino e cenário. O local também conta com um café e poderá abrigar exposições de artes plásticas e fotografia.
 
O CCC ocupa um galpão de 1.200 m2 e o seu modelo foi baseado em sede de grandes cias europeias, como o Théâtre du Soleil, com a diferença que ele irá atender a artistas e grupos diversos. "Sempre achei que São Paulo precisasse de um espaço que não só apresentasse à cidade uma programação de qualidade, mas que também fosse um local para que artistas pudessem produzir de maneira centralizada e com calma. Também podemos receber artistas para fazerem residência e ser um espaço para difundir conhecimento", diz Caco Ciocler
 
Para os produtores, o CENTRO COMPARTILHADO DE CRIAÇÃO também traz alguns diferenciais interessantes, como um pé direito de sete metros. "Temos uma altura que permite as produções ensaiarem com o seu cenário (algo que não temos disponível em SP). Com isso, as peças já chegam ao público mais prontas, com o elenco familiarizado com todos os elementos cênicos. O espaço ainda dispõe de oficinas para confecção de figurino e cenografia, assim, temos condições de receber toda as fases de uma produção aqui. Nossa ideia é que o espaço seja também um ponto de encontro para a classe artística de São Paulo", explica Ricardo Grasson.
 
Mesmo sem estar 100% pronto, ao longo de 2015, o CCC recebeu os ensaios das produções de A Gaivota (direção de Nelson Baskerville), O Maestro do Rei (musical com Eduardo Lages dirigido por Ulysses Cruz), Nuvem de Lágrimas (musical com roteiro assinado por Anna Toledo inspirado no romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen), O Camareiro (peça com Tarcísio Meira e dirigida por Ulysses Cruz), Mantenha fora do Alcance do Bebê, Ludwig e Suas Irmãs e Fim de Partida (direção de Eric Lenate). E o CCC também já foi consultado pela equipe da Mostra Internacional de Teatro de SP para receber as oficinas de alguns grupos teatrais em 2016.
 
A ideia dos sócios é que a população da Barra Funda também esteja envolvida e adote a casa. Eles estão estudando uma proposta de descontos para os moradores da região em toda a programação, que, a partir do primeiro trimestre de 2016, passa a ter atrações regularmente.
 
Programação de abertura
Apesar de funcionar já alguns meses, somente agora o CCC abre suas portas para o público. Para marcar a estreia oficial, eles terão quatro dias de programação intensa. Na quarta-feira, dia 25 de novembro, a partir das 19h30, acontece a abertura da exposição Inquietudes de um mundo em mim, com obras do artista Hélio Moreira Filho, que também fará a curadoria do espaço de exposição do CCC. A mostra é composta por uma série de autorretratos que refletem as manifestações dos sentimentos causados a partir medos e repulsas do mundo em que vivemos.
 
No segundo dia da programação, 26 de novembro, quinta-feira, às 21 horas, Georgette Fadel, Lincoln Antônio e Juliana Amaral apresentam o espetáculo Entrevista com Stela do Patrocínio. O espetáculo conta a história de Stela do Patrocínio, nascida em 1941 e abandonada pela família na colônia psiquiátrica Juliano Moreira, onde viveu trinta anos, até morrer em 1997. Nos anos 1980, sua poética impressionou a artista plástica Neli Gutmacher, que gravou suas falas. Quinze anos depois, o material foi transcrito pela escritora Viviane Mosé no livro Reino dos bichos e dos animais é meu nome. Foi dessa obra que surgiu o espetáculo.
 
Plano Sobre Queda, peça do cariocas do Áreas Coletivo de Arte dirigida por Miwa Yanagizawa, se apresenta nos dias 27 e 28 de novembro, sexta-feira e sábado, às 21 horas. Os atores Camila Márdila (premiada no Festival de Cinema de Sundance 2015 por sua atuação em Que horas ela volta?, de Anna Muylaert), Liliane Rovaris e Breno Nina dão vida ao texto de Emanuel Aragão. A peça narra a história de Cléo e Antônio. Cléo acaba de descobrir que vai morrer e, a caminho de casa, se aproxima de Isabela, garçonete que serve seu café todas as manhãs, e que passa a fazer parte da rotina dela e do marido. Na tentativa de contar a alguém de sua morte iminente, Cléo resolve propor ao marido e à amiga que esta a substitua em sua ausência.
 
No sábado (28 de novembro), a partir das 23 horas, ocorre uma festa com show da banda #NãoRecomendados. O grupo é formado pelos artistas Daniel Chaudon, Diego Moraes e Caio Prado e estreou com muito barulho em um apresentação no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. A banda mistura música, performance, protesto e poesia. A noite ainda terá um set list formado pelas DJs e atrizes Carla Zanini e Angela Ribeiro. A apresentadora e atriz Luisa Micheletti fecha a pista.
 
A programação de abertura se encerra no domingo, dia 29 de novembro, às 20 horas, com a apresentação da peça 45 Minutos, monólogo dirigido por Roberto Alvim e com um dos idealizadores do espaço, o ator Caco Ciocler. Escrito por Marcelo Pedreira, o texto conta a história de ator que é obrigado a entreter o público por exatos 45 minutos. Sem uma trama ou personagem no qual possa se amparar, este ator procura desesperadamente meios de preencher o tempo.

CENTRO COMPARTILHADO DE CRIAÇÃO – Programação de abertura – De 25 a 29 de novembro, quarta-feira a domingo. Exposição, teatro e show/festa. Rua James Holland, 57 – Barra Funda. Telefone – (11) 3392-7485.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Epifanias Urbanas: Queimadas das Secretárias

Cia das Atrizes faz intervenções no centro de São Paulo - Viaduto do Chá

O projeto Epifanias Urbanas faz 18 ações no centro de São Paulo.

A Cia das Atrizes em parceria com o Núcleo Mirada criou o espetáculo intervencionista EPIFANIAS URBANAS. Esta utilizou como paisagem poética para a criação o diálogo de linguagens, o cotidiano das cidades e o universo feminino. Epifanias Urbanas consiste em um desafio ou, no mínimo, um comentário poético sobre as grandes cidades com a tentativa de modificar o significado ou as expectativas do senso comum, quanto ao cotidiano em que “nada acontece” em meio a tantas informações. A epifania aponta para o extraordinário contido dentro daquilo que é considerado, consensualmente, uma banalidade dentro do cotidiano, e que é exposta dentro da trilogia “uma pessoa, um lugar, uma dança”. São provocações, imagens, ações que convidam quem está passando a olhar em volta, a estranhar e se deslumbrar com o cotidiano, um exemplo dessas intervenções é a ação Queimada das Secretárias, em que as atrizes da companhia jogam uma partida de queimada embaixo do Viaduto do Chá, vestidas de secretárias executivas. 

Queimada das Secretárias acontece no Viaduto do Chá toda sexta-feira às 18h. Outra intervenção acontece aos sábados, sempre em um local diferente, que é avisado no  www.ciadasatrizes.com

Assim, a cidade é convidada ludicamente a despertar por meio das ações ao som dos motores dos carros, ou as valsas tocadas no caminho por um megafone. As intérpretes propõem-se a jogar, dentro das matrizes criadas pelos provocadores (Morena Nascimento, Michele Navarro, Carlos Canhameiro, Felipe Teixeira e Fernando Villar), criando para cada espaço um espetáculo que brinca do comum para o incomum, abrindo o olhar do público-passante para o estar no mundo.

A TRILOGIA: UMA PESSOA, UM LUGAR, UMA DANÇA

“Uma pessoa” -Na tentativa de afetar o indivíduo, sobretudo através do contágio, busca-se com a presença das sete interpretes alcançar o fictício dentro do real, utilizando-se do tempo-espaço criado pelo jogo teatral para que diversas imagens criem um conjunto que apontem novamente para realidade, devolvendo-a numa releitura deslocada pelo tratamento artístico de sete mulheres em ação.

“Um lugar”- Acreditando que o lugar em que o artista escolhe para sua apresentação é um aliado ativo da criação, o Epifanias Urbanas ocorre nos centros das cidades, em um local que está em movimento constante. Busca-se criar uma intervenção poética na paisagem da cidade, colaborando para uma releitura de um lugar comum.

“Uma Dança” - As intérpretes, dialogando direta e indiretamente com os acontecimentos da cidade, hora se confundem com o cotidiano para explodirem instantes extraordinários, e hora outra explodem instantes para confundirem-se com o cotidiano, criando assim um “objeto-cena” com potência suficiente para a pausa necessária dos acontecimentos diários. Desta forma, realiza-se um encontro artista-público que não se espera, um encontro que resulta em pequenas epifanias provocadas dentro do cenário da cidade, fazendo dela material criativo e artístico, colocando a dança no cotidiano das pessoas.

Um corpo só

A bailarina e coreógrafa Vanessa Macedo estreia, na quinta-feira, dia 19 de novembro, às 19h, o solo “Um corpo só”, no Kasulo - Espaço de Cultura e Arte. As apresentações seguem em temporada de três semanas, até 6/12, todas as sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. A entrada é grátis.

Na retomada de experiências significativas inscritas no corpo, o solo “Um corpo só” funde passado e presente, num elo de negação, afeto e dor. De um novo jeito, Vanessa Macedo experimenta a relação com os rigores da ginástica rítmica, a paixão pelo teatro, as aulas de piano, parte da infância vivida na França, isso tudo amalgamado à dança que lhe interessa hoje e habita suas criações: a fricção entre forma e sentido, a sedução por artistas e obras confessionais, a discussão do feminino.

Mas ”Um corpo só” não surgiu de repente. Os dois trabalhos anteriores da Fragmento de Dança, companhia que Vanessa Macedo dirige há 13 anos, foram investigações dramatúrgicas com fortes componentes pessoais por meio de solos: em “Sem Título” (2013), três artistas de diferentes formações interpretavam, cada  um a sua maneira, a mesma coreografia; e o mais recente, “Aos vencedores, as batatas” (2014),  se construiu com cinco solos, disparados pela experiência pessoal dos intérpretes-criadores, sobre o sentido da palavra ruptura.

Em nenhum deles Vanessa estava no palco, mas já alimentava o desejo de escarafunchar suas memórias e assumir o incômodo de lidar com a própria imagem.Para esta sua “ficção autobiográfica” ou “dança depoimento”, como tenta definir, Vanessa foi buscar interlocução no teatro: durante todo o primeiro semestre, participou do núcleo de compartilhamento de projetos do Grupo XIX de Teatro, com orientação da atriz Janaina Leite. “Na dança, a autobiografia não é um gênero como é no teatro, onde há interesse por conteúdos pessoais-confessionais um do outro e que acabam se misturando aos seus próprios”, comenta sobre o processo de investigação.

Do espaço de memórias, surge a descoberta de traços herdados e transmitidos, de interiorizações das estruturas sociais que aprisionam, e, partir daí, a constatação de que não é possível ser a si mesmo, antes ou agora. Personagem de si própria, em meio a citações de  Maria do Carmo Brandão, Virgínia Woolf, Cecília Meireles e Adriana Jorgge, é, a um só tempo, criança, filha, mãe em sonhos que atravessam e são atravessados por vida real e ficção. “Desse impedimento de reconhecer nossa natureza para além de um repertório imposto e restritivo, emerge o desejo de ser o outro, que talvez não seja se não aquela mesma essência esquecida”, supõe Vanessa, como que num lamento.

Como colaborações artísticas, além de Janaina Leite e o núcleo de projetos do grupo XIX de Teatro, Vanessa Macedo contou com a parceria já consolidada da bailarina e coreógrafa Angela Nolf e com Maitê Molnar, integrante da Fragmento de Dança. A trilha sonora e a guitarra de Carlos André e, ainda,  o piano de Vanessa Macedo receberam assessoria musical de Murilo Emerenciano. André Prado assinou o projeto de luz e Daíse Neves o figurino.

Um corpo só” encerra projeto contemplado pela 16ª edição do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo.

Kasulo Espaço de Cultura e Arte (Rua Sousa Lima, 300 – Barra Funda – São Paulo - tel: 11 3666-7238/ 11 98637-4023).  35 lugares. Grátis – os ingressos devem ser retirados uma hora antes do espetáculo. Ingressos antecipados (15 por apresentação) através do e-mail producaociafragmento@gmail.com 45min., 12 anos. Estreia 19/11, às 19h. Temporada de 20/11 a 06/12, sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Prêmio Arte Qualidade Brasil 2015

logo premio

PRÊMIO ARTE QUALIDADE 2015
ABRE VOTAÇÃO PELA INTERNET

Tarcisio Meira, Marco Nanini, Renata Sorrah, Christiane Torloni, Stepan Nercessian, Claudia Raia, Fábio Assunção, Miguel Falabella, Totia Meireles, Denise Fraga, Heloisa Perissé, Leona Cavalli, Dan Stulbach, Pedro Cardoso, Eduardo Moscovis e Sérgio Mamberti estão entre os artistas indicados ao prêmio. Público vai escolher os melhores artistas do teatro com temporada em São Paulo. A cerimônia de gala da premiação acontecerá no dia 23 de novembro, segunda-feira, no Clube Sírio Libanês, às 21h, em São Paulo.

A edição 2015 do Prêmio Arte Qualidade Brasil já está em andamento com a votação pela internet (www.premioartequalidade.org.br). Os melhores artistas do teatro com temporada em São Paulo foram escolhidos por uma comissão técnica especializada. Agora, quem decide é o público. Os votos dos internautas serão computados até o dia 22 de novembro. A cerimônia de gala da premiação, com a presença de todos os indicados, acontecerá no dia 23 de novembro, segunda-feira, no Clube Sírio Libanês, às 21h, em São Paulo.

“A participação do público na escolha é um dos motivos do sucesso do prêmio, pois permite a avaliação do resultado do trabalho apresentado a partir do ponto de vista do próprio consumidor do produto cultural”, afirma Sérgio Paixão, diretor-executivo do prêmio.

No total, serão entregues 14 estatuetas para as produções de comédia, drama e musical. Os melhores espetáculos, diretores, atores e atrizes receberão o prêmio. Haverá também um prêmio destaque para o teatro infantil e uma homenagem especial.

Estrelas como Tarcisio Meira , Marco Nanini, Renata Sorrah, Christiane Torloni, Stepan Nercessian , Claudia Raia, Fábio Assunção, Miguel Falabella,Totia Meireles, Denise Fraga, Heloisa Perissé, Leona Cavalli, Maria Luiza Mendonça, Dan Stulbach, Pedro Cardoso, Totia Meireles, Chris Couto, Eduardo Moscovis, Sérgio Mamberti, Cássio Scapin e Jarbas Homem de Melo estão entre os indicados.

Os espetáculos “E Foram Quase Felizes Para Sempre”, “A Tempestade”, ”Família Lyons”, “Galileu Galilei”, “Master Class”, ”Morte Acidental de um Anarquista”, ”O Homem Primitivo”, “Vanya e Sonia e Masha e Spike” e “Visitando O Sr. Green” concorrem na categoria melhor espetáculo teatral de comédia. Na categoria drama: “Aqui Estamos com Milhares de Cães Vindos do Mar”, “Pulsões”, “Beije Minha Lápide”, “Consertando Frank”, “Depois do Ensaio”, “Dias de Vinho e Rosa”, “Frida y Diego”, “Krum”, “O Camareiro”, “O Capote” e “Um Bonde Chamado Desejo”.

Para o melhor musical foram selecionados os seguintes espetáculos: “Antes Tarde do que Nunca”, “Bilac Vê Estrelas”, “Chacrinha”,      “Chaplin - O Musical”, “Memórias de um Gigolô”, “Mudança de Hábito”, “Nine - Um Musical Felliniano”, “Raia 30”, “Urinal, o Musical” e “Ópera do Malandro”. Já para o prêmio destaque de teatro infantil, a comissão técnica selecionou os espetáculos “Acampatório”, “A Rainha da Neve”, “Carnaval dos Animais”, “Cinderela Lá Lá Lá”, “O Alvo”, “O Grande Circo Cientifico” e “O Sonho de Jeronimo”.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS INDICADOS PELO SITE E APROVEITE PARA VOTAR:www.premioartequalidade.org.br

Dança no MIS - Trajetória(s)

Projeto de ocupação Trajetória(s), de Mariana Muniz, em Novembro 

Para comemorar seus 40 anos de carreira, a atriz, bailarina e coreógrafa realiza uma ocupação dividida em três partes: encontros artísticos, apresentação do espetáculoD’Existir e lançamento da exposição virtual e interativa sobre sua trajetória. As atividades acontecem entre os dias 11 e 14 de novembro, com entrada gratuita

De 11 a 14 de novembro, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe a ocupação Trajetória(s), projeto que homenageia a bailarina, atriz, coreógrafa Mariana Muniz. O evento inclui encontros e bate-papo com parceiros significativos de sua carreira, a apresentação do espetáculo D'Existir e, ainda, o lançamento de exposição virtual sobre a artista.

As atividades integram a programação do Dança no MIS, atividade mensal do Museu, com curadoria de Natalia Mallo - que traz performances site-specific, em que coreógrafos são convidados a escolher uma área do Museu para compor um trabalho em dança bem como a ocupação do Auditório MIS com espetáculos de repertório e novas criações. A convocatória para artistas interessados em participar do programa em 2016 está com inscrições abertas, no site:www.mis-sp.org.br.

Os encontros, de 11 a 13 de novembro, serão um bate-papo com profissionais que tiveram grande impacto artístico e afetivo na sua carreira de Mariana Muniz, ajudando a construir a reflexão artística, poética e crítica sobre sua trajetória. A cada dia, um convidado (Maria Lucia Lee, Valmir Santos e Angel Vianna) falará sobre um aspecto importante da artista.

Já no dia 14, sábado, será apresentado o espetáculo D’Existir, projeto de dança/teatro baseado em pesquisas sobre o tema da morte. Com referência poética no texto Mal Visto Mal Dito, de Samuel Beckett, trata de uma artista em seus questionamentos sobre o ato de vivenciar o sentido de seus movimentos em dança e teatro.

Após a apresentação, acontecerá o lançamento da exposição virtual e interativa que compartilhará itens do acervo pessoal de Mariana Muniz (vídeos, fotos, material gráfico, críticas, documentos, etc), cronologia e evolução de sua carreira. A exposição virtual poderá ser conferida no site do MUD - Museu da Dança: www.museudadanca.com.br.

DANÇA NO MIS | Trajetória(s)
Encontros
LOCAL: Auditório LABMIS (66 lugares). DATA:11/11 até 13/11 (Quarta, Quinta e Sexta das 14h as 17h).
INGRESSOS: gratuito - retirada com 1h de antecedência. DURAÇÃO: 180 minutos. CLASSIFICAÇÃO: livre

Espetáculo
LOCAL: Auditório MIS (172 lugares). DATA:14/11 (Sábado às 19h)
INGRESSOS: gratuito - retirada com 1h de antecedência. DURAÇÃO: 45 minutos. CLASSIFICAÇÃO: livre

Lançamento Exposição Virtual
LOCAL: Foyer do Auditório MIS DATA:14/11 (Sábado às 20:30).
INGRESSOS: gratuito. DURAÇÃO: 90 minutos. CLASSIFICAÇÃO: livre

Museu da Imagem e do Som - MIS - Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.brEstacionamento conveniado: R$ 10. Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

REPERTÓRIO SHAKESPEARE ‘MACBETH’ e ‘MEDIDA POR MEDIDA

Macbeth_Giulia Gam e Thiago Lacerda_credito da foto_Adriano Fagundes
Foto de Adriano Fagundes
Estreiam em 05 e 06 de novembro, no Sesc Vila Mariana

Thiago Lacerda e Giulia Gam vivem Macbeth e Lady Macbeth
Marco Antônio Pâmio e Luisa Thiré protagonizam
Medida por Medida

Concepção e Direção Ron Daniels
Tradução de Marcos Daud e Ron Daniels
Idealização de Ron Daniels e Thiago Lacerda
Curadoria artística de Ruy Cortez
Direção de produção de Erica Teodoro
Uma realização do Sesc SP


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Foto de Adriano Fagundes
Com Ana Kutner, André Hendges, Fábio Takeo,  Felipe Martins, Giulia Gam, Lourival Prudêncio, Lui  Vizotto, Luisa Thiré, Marco Antônio Pâmio, Marcos Suchara, Rafael Losso, Stella de Paula,  Sylvio Zilber, Thiago Lacerda

Macbeth é um concerto de dois instrumentos humanos
e Medida por Medida é uma sinfonia urbana.”
Ron Daniels


"Vamos ver se o poder muda com os homens ou os homens com o poder."
                                                                                    O Duque, em Medida for Medida

Três anos após encenar a elogiada versão de Hamlet, com Thiago Lacerda, Ron Daniels, brasileiro, radicado em Nova York, e um dos principais diretores teatrais da britânica Royal Shakespeare Company de Stratford-upon-Avon, está de volta ao País para levar aos palcos do Sesc Vila Mariana duas novas montagens do repertório do bardo inglês: A tragédia ‘Macbeth’ e a comédia ‘Medida por Medida’.

Com o mesmo elenco de 14 atores, as duas peças estarão em cartaz na mesma temporada em revezamento de dias e horários. Os atores também se revezam nos personagens; os protagonistas de uma peça interpretam os segundos papéis na outra, dando ao público a oportunidade de apreciar a versatilidade dos atores em papéis diferentes, no exercício do jogo cênico, em dias alternados.

A atriz Giulia Gam, por exemplo, interpreta Lady Macbeth e também a Sra. Bem-passada, uma mulher de bordel, em Medida por Medida; já Thiago Lacerda fará Macbeth, o herói de guerra que se transforma em um assassino inescrupuloso e bestial, e o conselheiro moralista Angelo em Medida por Medida. Marco Antônio Pâmio e Luisa Thiré protagonizam Medida por Medida; o ator será Macduff em Macbeth e o Duque em Medida por Medida, ao lado da atriz que interpreta Isabella, em Medida por Medida e Lady Macduff, em Macbeth.

Desde julho, Daniels está no Rio de Janeiro e até a estreia pretende concluir a maratona de mais de 800 horas de ensaios. O diretor, que também foi responsável pela fundação do Teatro Oficina, ao lado de José Celso Martinez Corrêa e Renato Borghi, dirigiu Rei Lear, em 2000, protagonizado pelo ator Raul Cortez e ao todo contabiliza 41ª encenações de Shakespeare, entre montagens nacionais e internacionais.

“Nos reunimos para este projeto artístico em torno da montagem das obras de Shakespeare no Brasil,  uma continuidade natural do trabalho iniciado em  Hamlet, com novos atores de escolas e realidades diferentes que se juntam ao núcleo anterior vindo do elenco do Hamlet. Parece até que formamos uma companhia teatral!”, acrescenta Daniels.

O Repertório seguirá para o Rio de Janeiro, após a temporada em São Paulo, que  vai de 05/11 a 31/1/2016, com curto intervalo para o recesso de fim de ano, de 21/12 a 06/01/2016.
Ao todo serão 44 apresentações, sendo 22 de cada obra, no período de 11 semanas.
Macbeth & Medida por Medida

Escritas no fim do século XVI, entre 1603 e 1607, ambas as peças falam do poder, da corrupção e dos dilemas éticos e morais nas esferas pública e privada, mas em tratamentos e estruturas distintas.

Em MACBETH, no caos da guerra, o mundo é um campo de batalha. Mas Shakespeare pergunta de onde vem o mal? Em que canto do ser humano se encontra o germe de uma ambição tão desenfreada que nos leva a matar? E como lidar com a consciência quando o sangue derramado exige cada vez mais sangue, e aos assassinos não é mais permitido um momento de sono, um instante de quietude ou repouso? Com o crime e a culpa, morre também o amor?

“Posições radicais não são posições humanas. Uma posição fundamentalista é antagônica à própria vida, ela não leva em consideração todas as contradições humanas.”
Ron Daniels

Por outro lado, em MEDIDA POR MEDIDA, agora no caos da paz, o mundo se transformou em um bordel. E a pergunta que este autor sublime nos faz é se somos seres tão falíveis, se não nos conhecemos a nós mesmos, como podemos julgar uns aos outros? Este é um mundo povoado por homens de grande poder e também por padres e freiras, por prostitutas e cafetões, por bêbados e arruaceiros, gente alegre e simples que leva a vida nas ruas, nos conventos, nos bordéis e nas prisões da cidade. Um mundo onde o amor surge de forma inesperada e triunfa finalmente sobre o puritanismo e a libertinagem.

“Podemos controlar a anarquia do mundo?”
Ron Daniels

“Na tragédia Macbeth há uma velocidade vertiginosa na qual um herói se transforma em um monstro assassino, já a comédia política Medida por Medida é mais solta, mais anárquica, um redemoinho urbano em que figuram personagens da rua, dos bordeis, da sarjeta”, acrescenta Daniels.

As duas montagens foram concebidas e dirigidas pelo diretor Ron Daniels, também responsável pelas traduções dos textos com Marcos Daud.

SINOPSES


MACBETH
Macbeth, um general corajoso, ao voltar triunfante da guerra, encontra três criaturas misteriosas, videntes que lhe fazem a seguinte profecia: Macbeth será rei, em um futuro próximo.
A ambiciosa Lady Macbeth, esposa de Macbeth, ao ficar sabendo da profecia, instiga seu marido a matar Duncan, o atual rei.
Quando o crime é descoberto, os filhos de Duncan, Malcolm e Donalbain, sentindo-se ameaçados, resolvem fugir e Macbeth é coroado.

MEDIDA POR MEDIDA 
Alarmado com a imoralidade e a corrupção que tomaram conta de sua cidade, o Duque resolve reintroduzir uma antiga lei que pune todo e qualquer abuso sexual com a morte.
Contudo, ele deixa que a lei seja implementada por seu vice, Ângelo, a quem transfere o poder por um período, enquanto ele se disfarça de frei para observar tudo à distância.

Repertório Shakespeare, no Teatro do Sesc Vila Mariana:
De 05/11 a 31/01/2016. (de 21/12 a 06/01 – Intervalo de fim de ano)
Quinta a Sábado, às 21h. Domingo, às 18h
Macbeth – quintas-feiras e sábados, às 21h
Medida por Medida - sextas-feiras, às 21h e domingo, às 18h.
(Excepcionalmente no feriado de 20 de novembro (sexta-feira) a apresentação de Medida por Medida será às 18h)44 apresentações. 22 de cada obra. 2 sessões por semana de cada obra. 11 semanas.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) l R$ 30,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante) e R$18,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no Sesc e dependentes/Credencial Plena).
Venda de ingresso online a partir de 27/10, às 16h e nas bilheterias a partir de 28/10, às 17h30. Os ingressos podem ser adquiridos em todas as unidades do Sesc

Horário de funcionamento da unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.
Bilheteria da unidade Vila Mariana: Terça a sexta-feira, das 9h às 21h30; sábado, das 10h às 21h; domingo e feriado, das 10h às 18h30.

Estacionamento: R$ 4,50 a primeira hora + R$ 1,50 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 10 a primeira hora + R$ 2,50 a hora adicional (outros). 200 vagas.

Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141, São Paulo - SP - Informações: 5080-3000
sescsp.org.br / Facebook, Twitter e Instagram: /sescvilamariana

"Ao Pé do Ouvido"


 

Novo espetáculo do Núcleo Experimental 

Ao Pé do Ouvido” conta a história de sete migrantes nordestinos que cruzaram o país para viver em São Paulo; espetáculo explora o formato da “audiopeça”, em que a dramaturgia surge a partir da costura de entrevistas gravadas com pessoais reais e a encenação consiste na interpretação fiel dos seus depoimentos

 Hisórias de sete pessoas que saíram de suas terras natais, na região Nordeste, e migraram para a cidade de São Paulo em busca de melhores oportunidades. Em cena, sete atores ouvem os depoimentos reais dessas pessoas – a babá, o porteiro, o pescador, a costureira, o pedreiro, o médico e a atriz – e os interpretam, reconstituindo suas visões de vida.
No elenco Bruna Thedy, Cy Teixeira, Herbert Bianchi , Laerte Késsimos, Rita Batata, Rodrigo Caetano e Zé Henrique de Paula

Depois de “Urinal, o Musical”, o diretor Zé Henrique de Paula explora, em “Ao Pé doOuvido”, uma variante da técnica do verbatim, popular em Londres, na Inglaterra, na qual a dramaturgia surge a partir da costura de entrevistas gravadas. Os atores dãoplay em seus celulares e, enquanto escutam o áudio dos entrevistados em seus fones de ouvido, buscam atingir o máximo grau de autenticidade dos depoimentos na atuação. Sintetizada por Zé Henrique sob o conceito de “audiopeça”, a técnica carrega a supra-realidade para dentro do espetáculo: “Existe personagem, mas não existe construção de personagem, porque o que interessa é o ator ouvir o depoimento em seu fone e reproduzi-lo fielmente, com toda a musicalidade e o sotaque original, com os pequenos sons, tosses, suspiros e pausas para respirar”, explica o diretor.

Para a construção da dramaturgia de “Ao Pé do Ouvido” foram ouvidos Silvana, Maria, Renata, José, Antonio, Francenildo e Francisco, migrantes vindos da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão. A rotatividade dos atores – que podem receber um áudio diferente a cada sessão – faz com que toda nova apresentação de “Ao Pé do Ouvido” seja única.

Audiopeça e o verbatim
A audiopeça é uma forma teatral em que o texto usado pelos atores é construído a partir das palavras exatas ditas por um ou mais entrevistados, a respeito de um determinado fato ou assunto. O objetivo é atingir um grau de fidelidade e autenticidade que se aproximem ao máximo da natureza dos testemunhos originais – os atores, nesse caso, funcionam como veiculadores (quase como uma mídia) das palavras, ao invés de criarem personagens numa estrutura convencional. Em alguns países, a palavra verbatim é utilizada para designar essa modalidade de teatro, tomando emprestada a famosa marca de fitas cassete, muito popular nos anos 1970 e 80.

Teatro do Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637 – Barra Funda, tel: 3259-0898. Capacidade 56 lugares. Bilheteria funciona somente em dias de espetáculo, 1 hora antes do início da sessão. Aceita cartões Mastercard e Visa. Acesso para pessoas com deficiência. Ar Condicionado. Estacionamento na frente do teatro (não conveniado). Café no hall do teatro. Vendas também pelo site Compreingressos. Duração: 80 minutos.Recomendação: 10 anos. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$15,00 (meia). Terças, quartas e quintas, às 21h. Até 10 de dezembro.

“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”

Com estreia no dia 14 de novembro, “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” tem versão brasileira e direção de Miguel Falabella. Com  Marisa Orth, Totia Meireles, Juan Alba, Helga Nemeczy e grande elenco.


No palco, a história de três mulheres com problemas amorosos se cruza e revela toda a complexidade dos relacionamentos e da vida feminina. Pepa (Marisa Orth), uma atriz que guarda em segredo sua gravidez, é abandonada pelo amante Ivan (Juan Alba) e se vê perdida. Candela (Helga Nemeczyk), sua melhor amiga, se apaixona por um terrorista e decide pedir ajuda a sua confidente temendo parar na cadeia como cúmplice. Lúcia (Totia Meireles), mulher de Ivan, resolve se vingar do ex-marido nos tribunais depois de ter sido deixada por ele. O resultado é um dia conturbado de encontros e desencontros, em um espetáculo que não deixa de lado o humor que conduz uma comédia musical.
 A produção é de Sandro Chaim.

 14 de novembro a 20 de dezembro
Local: Teatro Procópio Ferreira (Rua Augusta, 2823 – Jardins, SP). Capacidade: 636 lugares
Horários: Quinta 21h; Sexta 21h; Sábado 17h e 21h; Domingo 16h. Duração: 2h30 (com intervalo)
Preços dos Ingressos: de R$ 50,00 a R$ 200,00
Vendas pela bilheteria do Teatro Procópio Ferreira (aberta terça e quarta, das 14h às 19h; e de quinta a domingo, das 14h até o início do espetáculo), sem taxa de conveniência. Pela internet, no sitewww.ingressorapido.com.br, com taxa. Mais informações no telefone (11) 4003-1212.
Classificação etária: 12 anos